Hoje estava lendo blogs de dança e me deparei com um texto que chamou minha atenção.
A autora, que é amante de dança há muitos anos e pelo visto tem uma articulação muito grande (e bem interessante) entre os blogs de dança, manifestou seu cansaço sobre assuntos relacionados ao ser ou não profissional de dança, se fusão é bem vinda ou não, se tal bailarina é mesmo a melhor, sobre o mercado de egos e etc....assim portanto iria parar de escrever até que sua vontade de manifestar opiniões sobre o tema retornasse.
Me entristeci um pouco, mas pela primeira vez eu compreendi a atitude e não questionei internamente os motivos que a levaram a tal..........mesmo não tendo nada haver com isso!!! Ver alguém que gosta da dança jogar a toalha me deixa muito pensativa, sempre! (não que seja esse o caso da colega em questão, pois estou escrevendo baseado em um tema e não na história inteira...).
O fato é que acabei me identificando com o que interpretei, já que em 4 meses minha história profissional deu um mortal e ainda não estabeleceu seu eixo novamente.
Durante 6 anos fiquei abarrotada de tarefas, alunas, coreografias, contas, pessoas, soluções, conspirações, amores e responsabilidades dentro da Aluaha (meu ex studio de dança do ventre), e portanto inspirava e expirava dança no cotidiano, com suas alegrias e tristezas, suas conquistas e frustrações, mas sempre com a certeza de que aquilo sim é que era rotina!!!
Hoje busco energia e inspiração para me apaixonar por uma nova realidade. Me permiti estar longe de tudo e de todos para encontrar novamente minha essência e minha motivação, o que acredito ser o núcleo interno necessário para em breve abraçar novos projetos e desafios.
Nada me mete mais medo do que olhar no espelho e não me ver trajada de corpo e alma de Aisha Jalilah. Pior que isso é olhar para dentro e me sentir tão distante de tudo o que me fez estar próximo deste universo.
Juntando minha história com a da colega, eu retomei o juízo e voltei a exercer meu apelido de pescadora de bailarinas, pois sempre acho milhões de argumentos para justificar nosso amor, compromisso e necessidade de não se afastar da dança. Através de um poder de persuasão incrível, resgatei muita aluna e bailarina do fundo do mar......tudo porque realmente acredito que a dança é uma paixão necessária na vida de quem a pratica.
Essa nova fase me trouxe a realidade de estar fisicamente longe de pessoas que com certeza seriam suportes em horas difíceis, mas também me mostrou novas maneiras de ter apoio e motivação.
A mais importante delas, é que mesmo sem espelhos e fotos, quando fecho meus olhos, visualizo com clareza minhas futuras e "velhas" alunas, minha plateia, meu palco e minha bailarina exalando arte e emoção...................
Aishinha
ResponderExcluirÉ lindo ler isso, tenha certeza que em breve vc estará "nos eixos".
Bjs
Li
PS: nem me venha com essa história de velha, não sou, não sou, não sou!
..rs...vou procurar um novo termo para as "antigas" alunas....
ResponderExcluirsaudades...
bjs
acho que quando você consegue olhar pra trás [ou pra dentro] e ver isso que vc viu- as pessoas, os momentos, os caminhos, o quanto cada coisa deixa uma marca- é porque deu certo a sua maneira. Não foi em vão.
ResponderExcluirFoi bonito.
Poucas pessoas são capazes disso. Poucas marcam a vida dos outros de forma tão positiva e/ou são marcadas tbm.
Já disse que te acho linda dançando?
Então, a maraca aqui vc deixou tbm. Mesmo longe.
Bjooos!
Ket,
ResponderExcluiradoro seus comentários, eles seguem a linha dos textos ....são cheio de emoção.rs..obrigada.
Espero em breve te mostrar mais material em video de novos trabalhos, estou trabalhando....
beijos
Lindo post.
ResponderExcluirCarregado de emoção....Que só quem é amante da arte, da dança como expressão dos sentimentos pode fazê-lo.
Me emocionei...
Parabéns!!!
Olá Rosemeire,
ResponderExcluirSeja muito bem vinda ao blog!!
Espero que possamos dividir mais palavras sobre nosso universo inspirador...
beijinhos,