quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

sobre Seres Humanos

Neste mês dei início a um novo trabalho com dança em Atibaia.

Confesso que começar tudo de novo depois de ter feito história em outro local, com outras pessoas e com outras condições me fizeram torcer o nariz por muitos momentos, mas para minha surpresa os seres humanos, mais uma vez, fizeram a diferença.

Duas semanas de um janeiro chuvoso numa cidade turística me trouxeram dez alunas, todas que fizeram aula experimetal ficaram no grupo. Umas com experiencia em dança e outras dispostas a começar um aprendizado, e todas com muita disposição para absorver novas técnicas e novos métodos de trabalho.

Me surpreendi com elas pelo desempenho e pelo carisma e me supreendi comigo também, mudando valores e aceitando novos desafios de "iniciante".

No interior as pessoas procuram prestações de serviços por indicação, e aqui eu não tinha referências, mas isso nada influenciou no processo de adesão das futuras bailarinas.

Sejam bem vindas !!!!

E...queridas eternas bailarinas alunas da Aluaha: novas fontes de energia para meu trabalho e estudos, geram ainda mais saudades de vocês.....

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Eu não me conformo...





Outro dia entrei numa "discussão" com uma amiga sobre dinheiro, futuro e dança e ela me disse DANÇA NÃO DÁ DINHEIRO !!! Ela é bailarina também e trabalha há muitos anos com seriedade e responsabilidade, ganha dinheiro e vive bem assim, mas estávamos falando de ter um negócio de dança como uma escola, por exemplo, e entramos nos por menores do faturamento e funcionamento da mesma.

A questão é que eu não concordo com isso e ponto!!!!
Cheguei a conclusão que se não dá dinheiro é porque a gente não ta fazendo direito, e falo com autoridade de quem já teve um negócio de dança, que já viu o sucesso e já passou pelas dificuldades..... e nesta hora tive vontade de me dar umas palmadas....

Somos ótimas em sala de aula e nos palcos, mas só isso não basta. Não acompanhamos (atenção, estou falando de quem vive de dança, e não estou generalizando, só me apoiando nos anos de trabalho e nas conversas com as colegas de dança) a tecnologia e as mudanças nas áreas de comunicação, estratégias, planejamento, RH, tecnologias e tudo que é necessário para um negócio funcionar. Ahhh, e caso não saibamos mesmo fazer determinada coisa, alegamos não ter dinheiro para investimentos em profissionais gabaritados.

E assim realmente dança não dá dinheiro.

Conheço uma profissional que colocou o investimento financeiro na frente do sonho de estar na "capa do CD" (e eu falo isso como capa de cd bellydance oriente volume 21), e pude acompanhar a abertura e desenvolvimento de seu negócio até um certo período e não a vi reclamar.

Difícil é, mas tô pra ver alguém fazer dinheiro fácil.

Temos sim que lidar com a desvalorização do artista, mas no caso do negócio de dança o que falta é o preparo, o investimento em conhecimento que não seja só abrangente a dança.

Vejo muita gente fazendo feio, mas vejo muitas bailarinas guerreiras arregaçarem as mangas, descerem da meia ponta e assumirem o papel de que não basta ser bonita e dançar bem. E foi-se o tempo em que seu marido era seu empresário e que você podia ser puramente artista, não é mesmo?!?!

Elas atendem o telefone e dão as informações, respondem os e-mails decentemente e com a urgência necessária, vão ao banco e negociam juros e investimentos com gerentes e se colocam na posição de empresárias da dança.

Que tal vencer os dragões do raciocínio lógico e colocar o dinheiro como meta no planejamento? Isso nada tem haver com ser materialista ou pensar apenas no lucro, tem haver com futuro.


Ahhh, só para finalizar, quantas vezes os serviços de dança (fora a performence e aula) não deixaram a desejar???? Eu listo um monte de exemplos em minha memória, inclusive os erros da minha própria empresa...que não foram poucos.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

5, 6, 7, 8......vamos lá

No auge das inquietações de uma gestante de primeira viagem, em 2007, ouvi de minha mãe que minha vida só voltaria ao normal próximo dos três anos do meu filhote. Para meu desespero ela estava certa!!!Eu tinha tanta energia para realizar os milhares de projetos que circulavam em minha mente e não me conformava com as condições limitadoras do momento.

Hoje o meu Victor está com 2 anos e oito meses e agora sim minha vida está retomando a normalidade das noites de sono, da liberdade de ir e vir, da culpa de não estar presente nos primeiros anos de vida deste ser tão amado.

Embora eu não tenha parado de trabalhar, aliás isso não acontece desde os meus 15 anos, algo em mim mudou.

Não sei se é a casa dos 30 que está chegando, se é a mudança de cidade, venda da Aluaha, a maternidade ou simplesmente o processo todo da maturidade, mas estou me esforçando muuuito para resgatar minha energia para um recomeço.

Nesta quarta começo as aulas em Atibaia, uma cidade que me encantou pelo clima e qualidade de vida, e principalmente, por ter me dado a oportunidade da rotina sem stress, sem a correria e sem o desgaste de não ver o tempo passar.

5, 6, 7, 8 .....vamos recomeçar !!!!