segunda-feira, 24 de maio de 2010

Miss Imperfeita, muito prazer.


Há mais ou menos 10 meses atrás fui participar de um Congresso em São Paulo e conheci a Taty, uma dessas pessoas que são escolhidas a dedo pelo Papai do Céu para proporcionar a nós, reles mortais, mais entendimento sobre a vida.

Tenho certeza que nossa amizade só seguiu em frente por que ao invés de falarmos poucas e boas "lorotas" sobre nossas competências e perfeições, tivemos um desejo esquisitísssimo de nos apresentarmos pelas imperfeições.

Comprei um livro para Taty, que mora em Brasília, chamado DOIDAS E SANTAS, da Martha Medeiros, que é fantástico, mas não cheguei a colocar no correio e acabei lendo o livro inteiro.

Hoje recebi um e-mail com um dos textos do livro, e como já tenho algumas amigas queridas no universo virtual, decidi compartilhar o texto abaixo dando um VIVA as minhas imperfeições.

(o texto ficou espaçado e só as forças do além para explicar por que.....sorry).

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas edepilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vidainteressante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas..
Voltar a estudar.
Para engravidar
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
Martha Medeiros - Jornalista e escritora
beijos as todas as minhas amigas imperfeitas ......Aisha J.

3 comentários:

  1. Amiga cadê esse livro???
    por que a gente não escreveu ele a quatro mãos ao invés da Martha?Quem sabe a gente não ia ver o show da Ivete em Nova York.
    Ah e a propósito: vc é que é um raio de luz intensa que apareceu no meu quintalzinho.
    (((AMOR)))

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  2. Aisha,

    Tenho uma dica p/ seu texto espaçado rs.. Antes de colocar o texto q vc recebeu no editor do blog, cola em um arquivo TXT no notepad, copia o texto do notepad e cola no editor do blog.. Assim ele tira toda a sugeira de edição e seu texto fica perfeito. ;-)

    bjs e saudades!!

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  3. Aisha,
    Mesmo sem te ver
    E sentir virtua e além
    Ondas dos Céus e dos mares
    Te imagino linda em esse meu céu
    A dança leva faíscas de estrelas voarem,
    Saltarem ao encontro dos pensamentos
    Que naquele momento enorme
    Tumultua o meu coração
    Penso Carmen Miranda
    Isadora Duncan
    Masteimagino
    Soltaleve
    Nuvem

    Embriaga
    De formosuras
    Em meus versos e poemas
    E a ti faço cantos e cantigas
    E nenhum é mais perfeito
    Nem inteiro, nem belo
    Do que sentindo
    Estou neste momento...

    Grande Prazer Aisha
    Walter de Arruda
    Poeta Del Mundo
    www.recantodasletras.com.br

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