terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

para rir um pouco....

Hoje eu lembrei de algumas cenas engraçadas de dança...dessas que a gente faz sem querer nos momentos em que já não basta o nervosismo de entrar em cena com todos aqueles olhares focados na bailarina, e de repente.....tá lá...uma super bola fora!!

Todos as histórias são minhas ou de colegas da dança, mas não vou citar os nomes porque não pedi autorização às respectivas.

-Participei por cinco anos do grupo Mil e Uma Noites, com direção do querido Rimon Bordokan, que reunia mais de 50 artistas entre músicos, bailarinas e dançarinos em shows pelo Brasil. Uma das atrações era de um grupo de bailarinas que dançavam super coreografadas e devidamente trajadas iguais. Numa noite árabe para a colônia, elas foram se apresentar e uma das integrantes esqueceu de tirar o Abei (não sei como se escreve, mas quero mencionar a capa que usamos para esconder nosso traje), foi uma cena muito engraçada, pois já conhecíamos aquela coreografia e dos bastidores vi um elemento seguir em destaque no meio de todas as outras com castiçais na cabeça....depois de um minuto mais ou menos ela se viu com a capa e no meio da coreo foi de despindo diante dos olhares incrédulos do restante do grupo.

Depois começamos a rir juntas e ela mencionou que essa não havia sido a pior das situações, a mesma moça durante um show a luz do dia entrou de óculos escuros em cena e só se deu conta depois de um bom tempo.

-tenho uma amiga que perdeu a saia durante um concurso no Mercado Persa (muitos anos atrás). Elas disse que estava fazendo um shimie forte e quando viu ficou só com a pala de dança.

- Eu e Lu Mello fomos contratadas para uma noite árabe acústica, com Jihad Smile (Alaude) e Maurício Mouzaiek (daff). Era um ambiente muuito charmoso, um aniversário, e as pessoas estavam sentadas em almofadas no chão ao redor da "pista de dança", a Lu dançou e na minha vez ela estava assistindo quando de repente torceu o nariz, eu esqueci de tirar as sapatilhas pretas que nada realçaram meu lindo traje branco.

- No começo da minha carreira adorava dançar Set el hossen, versão Adam Basma, que tem quase 5 pausas grandes e dão a entender que a música havia acabado em cada uma delas, até que uma vez estava em um aniversário de brasileiros e a cada interrupção da música a plateia aplaudia e eu logo recomeçava a dançar, porém na última pausa o povo se stressou e quando a música finalmente acabou, ao invés de aplausos, eu ouvi o som do silencio e a expressão de "tá achando que somos trouxas???" nos rostos das pessoas. Depois disso só dancei essa música para pletéias que tinham conhecimento mínimo em dança do ventre.

- Essa é uma das melhores. Na minha primeira apresentação eu estava mais que nervosa, e quando a música acabou eu quis ser chique e fazer um agradecimento que minha professora havia ensinado, que levava a mão ao peito, cabeça e acima da cabeça agradecendo de coração, mente e alma. Porém ao invés disso eu virei para os quatro cantos da sala fazendo o sinal da cruz ......JESUS !!!!!

Tem dias que escrevo em protesto, mas hoje quis rir um pouco......

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

sapatilhas penduradas!!!!!




Isso mesmo, doeu mas minha decisão está tomada, e mais importante que isso...até que enfim achei uma paz interior depois de doloridas perdas.

Em 2010 "penduro minhas sapatilhas" e me coloco exclusivamente como amante da dança oriental e não mais profissional da área.

Não sei se estou dentro do chamado luto, ou se simplesmente achei um rumo para uma nova carreira, mas o fato é que dizer adeus a uma era me faz sentir bem, mesmo que a saudade bata na porta com frequência,

O fato é que achei que esse seria o meu ano, como bailarina, iria arrasar com novos projetos e fazer bonito com as milhares de idéias que tenho, mas só faltou uma coisa para tudo isso acontecer: vontade.

Não quero mais mover mundos e fundos, nem quero me obrigar a dançar em locais que não me deixam mais feliz, com uma carga nas costas pelos anos de experiência que tenho e vasto curriculo (que modéstia parte é de encher o peito de orgulho), nem quero mais me decepcionar com a falta de remuneração e reconhecimento pelas milhares de horas em que me empenhei de corpo e alma para ser boa professora, bailarina
e empresária da dança.

Quero pegar tudo isso e engrandecer meu potencial de trabalho com as novas oportunidades que a vida está me dando. Retomei minha carreira de publicitaria, me capacitando novamente e ingressando em um novo mercado de trabalho, e assim, vamo que vamo.


Tem gente que vai me chamar de paga pau, ja que minha best belly dancer friend Lu Mello divulgou mês passado seu afastamento dos "gramados", e talvez esse título faça bastante sentido mesmo. Nós conversamos sobre isso há muito tempo, estamos dizendo adeus a uma história aos poucos e amigas motivam as outras a seguirem seus caminhos de maturidade, não é mesmo?

Bom, sem mais drama, minha bailarina passa a fazer parte exclusivamente do departamento da paixão, e isso não impede que ela exerça sua dança, mas implica em uma postura diferente e sem pretenções profissionais.



continuo escrevendo, articulando em pró da arte, e nos veremos em novos palcos