quarta-feira, 23 de junho de 2010

e aí? o que é que eu faço agora?

Bom, essa foi a pergunta da minha aluna Lais na última aula.

Muito aplicada ela me perguntou o que ela pode fazer com dança no futuro, se ela vai ter sucesso financeiro, se dá para viver, onde ela vai dançar e etc..

Embora eu me sinta meio mãe Diná da dança do ventre devido as mil e uma histórias vivenciadas neste tempo de carreira, pude dar um parecer tão "mixuruco" para ela, e fiquei muito reflexiva depois.

O fato é que se não construirmos nosso próprio império (ter uma escola ou se desdobrar entre as escolas e as melhores casas de shows), a vida de bailarina não é nada fácil.

Não quero expor mais conceitos pessoais sobre isso, estou sempre levantando a bandeira da postura profissional e bla bla bla, mas queria fazer diferente, e me arrisco a pedir a opinião das colegas para que outros universos sirvam de inspiração para a querida Lais.

Então, por favor escrevam sobre as possibilidades, e se elas correspondem ou corresponderam as expectativas pessoais...



7 comentários:

  1. Aí nêga... também não sei... Talvez dizer a ela que com desejo e dedicação ela chega aonde quiser. E deixa que cada uma viva a sua própria experiência. Que pode ser tão diferente da sua, da minha, das nossas...

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  2. Sabe que já tive essas dúvidas tb... Tive uma época que queria ser professora e tal... Mas não sei se levo muito jeito pra coisa...

    Então, parei de dançar, mas mais ou menos...meu trabalho me ocupa demais e to total sem tempo =/ Mas não consigo ficar muito tempo longe da dança... Não to fazendo as aulas regulares desde fevereiro desse ano, mas como a Val recriou o grupo Aluaha, estava indo nas aulas do grupo, mas agora nem nessas aulas to conseguindo ir... Mas não desisti! É só uma pausa!

    =]

    Beijãoooooo e saudades

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  3. Acho que depende do objetivo pessoal de cada um e de como corre atrás desse objetivo. Se quer viver de dança como professora, como bailarina, ou se vai migrar pra área acadêmica, fazer uma faculdade, uma pós, se focar na teoria ou ser crítica de dança.
    Possibilidades existem, o meio da dança oferece um vasto campo de atuação, mas é necessário foco. Não dá pra ser tudo ao mesmo tempo agora... e não dá pra ser nada disso sem manter os estudos em dia, dedicação integral e consciência de que nunca vai ficar rica com isso. Ser artista no Brasil não é nada fácil, a não ser para pouquíssimos escolhidos.

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  4. Oi Shaide,
    triste realidade essa nossa, não?

    eu nunca perdi as esperanças e continuo acreditando muito que a gente tem que seguir com os objetivos alinhados aos sonhos, só assim a arte se viabiliza.
    Mas também acredito que estamos passando por um momento de mudanças no meio belly dance...e talvez por isso sinta um ponto de interrogação no ar.

    beijos

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  5. Lory,

    é fato que cada história é de um jeito, mas vou sempre idealizar que a dança é fundamental em nossas vidas e por isso indago onde está o espaço merecido para a atuação da bailarina? porque assim ela pode projetar e sonhar com o que e como chegar lá...

    beijokas

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  6. Liliiiiiii,

    tem um texto antigo do Khan el Khalili que diz fala sobre as fases de uma aprendiz de dança, lembro que me identifiquei com vários momentos citados. E é isso mesmo, muitas vezes não temos tempo, outras não temos saco...e outras vezes ela simplesmente ganha papel de coadjuvante dentre os diversos afazeres do dia a dia......

    beijos lindona...

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  7. Olha, a profissionalização veio para mim depois de 7 anos como aluna porque eu me senti preparada para isso, antes não queria. Mas nunca deixei de atuar como Bióloga, que na verdade, é que o mais ocupa meu tempo.

    Caso eu queira largar tudo para viver de dança, eu farei, mas só se eu senti necessidade, segurança e muita vontade para isso.

    Logo, acho que quem deve responder isso é ela, ela quem deve ouvir o que o coração dela diz.

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