sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Sucesso...onde fica isso mesmo?!?!?!??!


Um dia li um texto, não me recordo em qual blog, sobre o que é o sucesso da bailarina de dança do ventre, se era ter escola, se era fazer show com Tony Mouzayek, viajar ao Egito, ser capa de cd, aparecer no Clone e bla bla bla...

Achei essa reflexão fantástica, e hoje vou falar sobre o sucesso.


O ocidente criou um novo oriente. Excluiu guerras, machismos, diferenças e fez das mil e uma noites o modelo base para as produções em da dança do ventre.


Fora dos países árabes atuamos em um contexto inventado e recriado constantemente na busca da identidade da dança que executamos. Escrevo isso porque ainda que seus movimentos sejam representativos da natureza e da mulher, dançamos ao som da música árabe e naquela hora somos representações da cultura em questão, assim como qualquer samba no mundo vai remeter a cultura brasileira.

O que vou escrever dói em mim também, mas de fato pouquíssimas bailarinas alcançam o sucesso profissional, oque é bem diferente do sucesso pessoal.


Este último pode ser muito bem alimentado pelas infinitas possibilidades de mídia informal, orkut, youtube, facebook, blogs, videos caseiros e tudo que pode tornar uma bailarina "famosa" em seu mundo de ilusões, e no contexto atual da dança do ventre, estamos cercadas de realizações ilusórias que tendem a desilusão como resultado final.


Sucesso profissional é ter notas acima da média nos quesitos finanças, relacionamentos, ascensão memória e objetivo.


- Finanças. Trabalhar é executar um esforço em troca de dinheiro. Para isso é bom prestar atenção quanto vale o seu esforço e se ele está senso bem recompensado.

- Relacionamentos. Nossa rede de afinidades compreende a cumplicidade dos colegas e das pessoas que estarão por perto para acompanhar o crescimento. Não estamos sozinhos em nossas jornada de trabalho, e durante o percurso vamos recebendo e doando com as conquistas humanas, que validam mais uma vez o sucesso.


- ascensão. Crescer é progredir com o tempo e acompanhar as transformações da sociedade.

- Memória. Isso é, se fazer presente na lembrança do outro. Remete que sua execução se tornou marcante e quem sabe inesquecível.


-Objetivo. É a linha de chegada da sua maratona, o marco estabelecido para seguir o trajeto. Sem ele corremos sem direção e não alcançamos lugar algum. Portanto indepedentemente do tamanho do seu desafio, estabeleça seu objetivo para saber se conseguiu realizar o que se propôs anteriormente.



Para alunas, amantes de dança a história é outra, e eu teria muito mais a escrever sobre o sucesso em suas diversas áreas, mas vou insistir que falo do profissional em dança. Depois de tudo isso, julgo que podemos dizer que atingimos o sucesso, seja ela qual for..em escolas de dança ou trabalhando com shows.





E tudo isso junto é igual a realização pessoal.
Aisha J.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

ihhhh...deu branco!!!



Quantas vezes precisamos de uma boa idéia, ou de uma luz para criar uma coreografia, figurino, tema de espetáculo e outros itens que envolvem processos criativos e eles simplesmente não aparecem?


Assim como somos condicionados a fazer raciocíneos lógicos, deveríamos ser condicionados a exercer o raciocíneo livre, e isso não é um dom digno apenas dos publicitários e artistas renomados.

Muita gente acha que não leva jeito para a coisa, mas o fato é que trabalhar e executar a arte exige o treino constante da criatividade, e a boa notícia é que podemos sim induzir o pensamento para a criação ao invéz de ficar simplesmente esperando que ela apareça e diga olá.

Toda (boa) criação é fruto de um estudo anterior, ou seja, é embasada, tem material de suporte que preenchem a mente e dão a inspiração para novos pensamentos.

Vou citar receitas "caseiras" que sempre funcionam comigo, mas existem muitos livros que dão dicas valiosas sobre o assunto.

- o bichinho da criatividade é faminto, é bom não deixar de alimentá-lo com cores, formas, sons, aromas e palavras
- estudar muito, e condicionar o cérebro a ter espaço para novas informações
- observar TUDO a sua volta, isso um dia pode ser fonte de pesquisa. Nada passa em vão.
- procurar muita informação sobre o tema que necessita da sua criatividade, no meu caso dança, arte, teatro, música, filmes, fotos, pinturas, textos, vídeos e etc..
- falar muito com colegas, as idéias são aparecidas e adoram se mostrar para os outros.
- visitar lugares com muitas cores (lojas de tecidos, bijoux, linhas, tintas)
- se dar um presente em dias que você precisa de boas idéias, almoce ou jante em um lugar gostoso, vá ao cinema, leia um bom artigo, faça uma boa aula de dança, porque o seu prazer desperta a liberdade de raciocíneo.
- escreva. A princípio, começe escrevendo qualquer coisa....as palavras vão começar a ganhar sentido. releia. e depois escreva de novo
Bom, nem preciso falar que stress e formalidades incomodas são verdadeiras barreiras aos processos criativos....portanto viva, viva muito e deixe fluir.....





Aisha J.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Ensinar é tornar eterno um aprendizado

Eu repasso o que tenho de melhor,
Divido com outros aquilo que me motiva a aprender.

Talvez não fique satisfeita em absorver conhecimento e guardar para mim,
Ou talvez tenha mesmo o dom de explicar.

Paciência e versatilidade não me faltam,
E motivação para buscar novos horizontes se tornam o desafio da profissão.

Quem eu sou?

Sou o professor, instrutor ou educador, que recebeu de outros seres encantados, ensinamentos para à vida.


Aos meus mestres, um eterno obrigado e aos meus alunos a satisfação de ter tido a oportunidade de fazer parte dos processos individuais.

Feliz dia dos professores!!!!!!!!!
Aisha J.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009


Vamos fazer exercício?


Na minha profissão, essa palavra é vinculada a prática da atividade física, fazer exercício é se movimentar regularmente, e hoje, está em evidência o exercício como prática insdispensável à saúde.

Mas esse texto é uma reflexão sobre um outro tipo de exercício, o da mente.

Temos muitas áreas a serem cuidadas em nossas vidas, mas vou escrever sobre um contexto geral, onde exercer o sucesso é uma prática contínua.

Quanto tempo perdi reclamando do que não fiz, ao invés de praticar a graça pelas vitórias pessoais alcançadas!! Gosto de pensar que tudo é parte do tal processo de amadurecimento, mas mesmo assim refaço meus passos e vejo que poderia usar mais do meu tempo, habilidade e sentimentos para exercitar as ações que traduzem a felicidade.

Em dança, fiquei longos anos me escondendo atrás das dificuldades, e gastei dolorosas caminhadas para justificar a falta de organização interna.

Quis compartilhar isso no blog, não pensando em escrever sobre auto-ajuda, mas querendo emanar a boa energia que me guia neste momento.
Há bons meses não reclamo, FAÇO! E quando alguém me convida para um bate papo que compromete meu exercício de ir em frente, pulo fora!

Como li em um texto recente na internet, a parte mais importante do meu corpo são meus ombros. Neles ofereço meu carinho e conforto em horas difíceis e o abraço para compartilhar a alegria, mas quero exercitar cotidianamente os bons fluidos dos caminhos que escolhi, e portanto:

Não me chame se for para me sentir desvalorizada,
Não me chame para desmerecer o meu trabalho,
Não me chame para impedir minha escala,
E, principalmente, não me contamine com sua falta de atitude em pró da vida e sucesso!

Experimente fazer esse exercício regularmente, sua prática associada a uma alimentação saudável e atividade física vai render bons frutos no futuro.

Uma ótima resposta ....

Recebi da , um e-mail com o título " O poder da dança".

Não posso ver mobilização de pessoas dançando que fico arrepiada, quando não termino em lágrimas.

Uma vez, em uma festa de advogados, um cara me perguntou qual era minha profissão, com muito orgulho respondi B A I L A R I N A, e sem notar a princípio o sarcasmo do homem a minha frente, mantive meu semblante tranquilo até ele terminar o seu parecer.

Em seu discurso ele disse...

Que bonito!!!! .............Enquanto mundo se acaba em aquecimento global, crise mundial, fome, miséria, guerras, drogas e pessoas a beira de um colapso, VOCÊ DANÇA !""?"?"??"?"?"?

Minha cara de pastel deve ter sido quase tão idiota quanto a observação do senhor em questão, e não dei a resposta merecida por julgar ser mais educada que a figura grosseria.

Mas internamente a resposta está no efeito que a dança causa nas pessoas.

Não vou ser capaz de resolver problemas mundiais, mas com meu trabalho posso me unir a pessoas, que em pró da sensação de felicidade que a música e dança nos proporcionam, são capazes de transformar e fazer uma rede contagiante.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

E tem como não sentir saudades ?????




Visitando blog da Gracinha, Gal Jalilah, vi o projeto CONFRARIA DA DANÇA DO VENTRE....


Um dia dos mês dedicado a falar sobre dança....entre amigas, quer coisa melhor que isso?

AMIGAS + DANÇA DO VENTRE = COMBINAÇÃO PERFEITA

Depois de associar esses dois elementos, dá até para entender a combinação cerveja + futebol dos homens, não é mesmo?!?

Bom, essas mulheres não perdem a habilidade de espalhar alegria ao seu entorno. Da amizade de dividir a realização através da dança, elas seguem por caminhos mais íntregos .

Mais que isso, elas ultrapassam as barreiras das impossibilidades superficiais que sentimos quando nos frustramos com grandes amores e se sustentam nos pilares da cumplicidade de do companheirismo para continuar pela opção da felicidade.

MUITOS RECLAMAM E DESISTEM, ENQUANTO POUCOS SE SUPERAM!!!

"beijalila´s" para vocês eternas alunas queridas....saudades imensas

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O despertar do amor - Hayat El Helwa

Não sou adepta do comportamento de dizer o que penso a todo momento.
Nada contra a verdade, só acho que ela tem hora para ser dita, dizer o que quer, e na a hora que quer pode não ser oportuno.

Mas a vida sempre me dá a oportunidade da resposta, tanto para as coisas que me incomodam quanto para aquilo que toca meu coração.

Faz tempo, tive a oportunidade de conversar com uma pessoa extremamente importante no meu processo de amor a dança, e hoje vou escrever sobre a mulher que despertou meu desejo de ser bailarina: minha primeira professora HAYAT EL HELWA.





Não cresci no meio da dança, fiz um pouquinho de ballet quando criança, mas logo troquei a disciplina das aulas pelas brincadeiras de infância. Minha mãe na semana passada me escreveu um e-mal lindo dizendo que gostaria de ter tido a percepção de que aquilo era realmente importante para mim, mas que na época não pode fazer esse exercício.

Assim, quando estava com 17 anos, numa viagem em família, vi uma moça dançar dança do ventre em uma noite de talentos. Amei, e um pouco depois vi uma plaquinha num poste do meu bairro que dizia: aulas de dança do ventre e o telefone x.

Fui então fazer uma aula experimental. Mas para minha surpresa quando entrei na casa, quase fiquei "vesga" com tanta coisa para me encantar. Eram luzes coloridinhas, almofadas, tecidos e incenso que deixava tudo em perfeita harmonia. Tudo isso em meio a mulheres com roupas de lantejoulas e totalmente dispostas a atingir o bem estar pessoal, me matriculei sem nem mesmo fazer a aula.

Essa era a Luxor, antes de qualquer pretensão de ser rede. Na próxima aula, com uma vergonha que não cabia em mim, esperava com as novas colegas a professora, e então ela entra na sala....LINDA, maquiada e trajada como uma parte da minha imaginação.

De fala suave e um perfume encantador a Hayat se preparava para as aulas como se fosse para um grande evento. .... e aqueles eram mesmo momentos inesquecíveis.

Dançávamos seguindo seus passos e não sei nem dizer o que aprendia de técnica, mas sei exatamente o que aprendi no quesito beleza e cuidado como outro ser humano.

Cada dia gostava mais de estar ao lado daquela figura, com seus textos sobre mulheres e com uma luz que emanava feminilidade por onde passava, a Hayat era o carisma em pessoa.

Adorava ser aluna e estava sempre no meio dos eventos, querendo participar e ao mesmo tempo morrendo de vergonha de tudo e de todos. Tenho tanta cena engraçada em minha mente, que caio na risada só de lembrar o quanto era boba.
Sem querer virei professora. Eu trabalhava na área de marketing de uma rede de perfumarias, e decidi sair, nesta hora recebi o convite da minha pro para trabalhar no escritório da Luxor.

Minhas funções eram basicamente o preparo das salas para as aulas, compras de material administrativo e auxílio na produção de eventos. Estive presente na organização do primeiro festival Internacional da Luxor cheguei a levar a Hadia (bailarina Canadense) para um forró em São Paulo.

Cumprindo minhas funções, um dia tive que apagar o incêndio de alunas que queriam por fogo nos colchonetes porque a professora delas faltava pela terceira vez consecutiva. Então, como boa "bombril" fui dar a aula no lugar dela, e daquele dia em diante não tive motivação para outra profissão, que não a de professora.

Viajei para os Estados Unidos para fazer cursos em sua companhia e participei do início de uma carreira que ganhou palcos internacionais no futuro.

A bailarina Aisha, nome dado pela Hayat, veio depois .....essa veio da busca por caminhos individuais, alheios as paredes da Luxor, em tempos em que tive que buscar sozinha novas motivações para não parar.

Nossa comunicação foi interrompida por longos anos, e os desafetos eram parte da imaturidade mas até hoje eu tenho como herança a beleza e a paixão de uma mulher que sabia como ser mulher e como despertar nossa feminilidade através da dança.

Acho que se não tivesse sido aquele ambiente e a presença da Hayat nos meus anseios de dança, não teria desbravado os mares da arte. E com muito carinho me lembro de seu esforço para nos proporcionar momentos de intensa felicidade na dança.

Com carinho, meu respeito e admiração pelo meus primeiros sentimentos de amor a dança do ventre: Hayat El Helwa.



Hayat, destaque na Conferência Internacional de Danças do Oriente Médio em 2000, Los Angeles - USA - eu estava na platéia, aplaudindo de pé.