É incrível como as coisas são! Bichinho esquisito essa tal de ser humano.

Passei seis anos com a faca e o queijo na mão, com uma escola cheia de alunas, oportunidades, grupos de dança na cidade com mais opções de cultura e entretenimento do Brasil, e confesso que aproveitei pouco o bumbum virado para lua com o qual nasci.
Faz tempo que estou com muitas, mas muuuitas saudades de dançar e embora tenha feito algumas coisas gostosas com dança aqui em Atibaia, sinto falta daquele público que sempre reclamei. Aquele do bar, da baladinha e do restaurante, que nada tinha de muito especial ou apreciador da arte que eu exercia com tanto esforço, mas que me proporcionava a admiração no olhar que me motivava a comprar figurinos, fazer belas maquiagens e me sentir grandiosa no palco.
Hoje eu me sinto mais preparada que nunca para dançar, estou segura, confio em meu corpo e em minha criatividade e presença, mas não tenho palco, poderia buscá-los, mas o orgulho ainda me limita e talvez não seja a hora de dar determinados passos.
Com toda humildade do mundo, presto minha admiração as bailarinas que ainda estão lá, lá onde seus objetivos são coerentes com seu cotidiano, e com dança no bar ou não, mantiveram suas performances num lugar mais seguro do mundo, em seus corações.
...mais um relato de saudade