quarta-feira, 29 de julho de 2009

Da queda, um passo de dança...


De tudo na vida
ficaram três coisas:

A certeza de que estamos sempre começando...
A certeza de que precisamos continuar ...
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar...

Portanto devemos:

Fazer da interrupção um caminho novo..
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...


Fernando pessoa


domingo, 26 de julho de 2009

Cidade Limpa – Orkut e etc ...Limpos!!!!! O bom senso com a sua própria imagem e com a nossa arte.




A principio, a lei da cidade limpa em São Paulo gerou revolta na maioria dos comerciantes que foram obrigados a retirar seus painéis e outdoors e assim adequar sua publicidade a uma regra geral.

Muito dinheiro foi gasto e quem não tinha recursos ficou sem visualização da sua marca. Muitos reclamavam e lamentavam a atitude do atual governo, expondo sua indignação aos valores gastos anteriormente assim como com a indignação ao padrão estipulado para anunciar. Cheguei a ouvir: e agora o que faremos sem os lindos outdoors da Marginal Pinheiros?

Bem, se o bom senso fosse uma virtude de todos, com certeza não haveria necessidade de atitudes radicais, regulamentações e multas, mas a vaidade através da publicidade é como um vício, quanto mais se tem, mais se quer e uma hora isso pode gerar uma repulsa em quem deveria ser o maior beneficiário, o cliente final.

E assim, nosso orkut e caixas de e-mails recebem mais propaganda de bailarinas e escolas de dança do que meu cérebro pode processar.

Além do grande volume de anúncios sobre aulas, shows, fotos e luzes, o formato das mesmas são de muito mal gosto. Ocupam toda nossa tela e não nos deixam outra opção senão gastar o tempo que deveríamos estar nos relacionando através desta ferramenta, apagando scraps gigantes.

O pior é que a falta de noção não para por aí, pois imagine que a profissional de dança do ventre tem uma conta no orkut para divulgar seu trabalho e quer fazer desta uma rede de contatos, mas ao invés disso o orkut dela serve para divulgar propaganda indesejável alheia.

O brasileiro é muito criativo, descobre muitas maneiras de fazer com que sua marca ou trabalho seja atrativo e chegue até o consumidor.

Como exemplo da nossa cidade, São Paulo, que vem combatendo a poluição visual, buscar novas alternativas para divulgar é um caminho seguro que evita que o leitor se irrite com a notícia apresentada de maneira invasiva e na grande maioria das vezes de péssimo gosto.

E veja bem a ironia, eu apago todas sem antes mesmo de ler, ou seja NÃO FUNCIONA!!!

Fica a dica, já que a gtande maioria das bailarinas tem que se “virar nos trinta” e fazer malabarismos para se promover, dançar, dar aulas, ganhar dinheiro e bla bla bla, faça um curso rápido de comunicação, tem vários na internet, SEBRAE, SENAC, e muitas outras empresas que podem contribuir para que seu tiro não saia pela culatra.

sábado, 25 de julho de 2009

ótima fonte de pesquisa...

As blogueiras de plantão já devem conhecer, mas em novas caminhadas pela net encontrei um tesouro, um novo universo de música árabe, e mais que isso um blog que respeita a música e faz reverência a títulos, autores e albuns.

Uma ajuda fantástica para alimentar sua caixinha de música com qualidade.....

http://cdtekagramofonearabe.blogspot.com


vale muito a pena!!!!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

tem texto novo ....

Pessoal,

Tem novo post, mas como ele estava armazenado no rascunho ficou mais para baixo.
beijos

domingo, 19 de julho de 2009

A Bailariana e sua caixinha de música


".....Eu acredito que 99% das bailarinas sofrem com essa parte da coreografia: A Escolha da Música! rs Salvas as excessões que têm uma música em mente e vão montar a dança em cima da música que já foi escolhida, essa missão é muito difícil!...." Barbara Moro - Arabian Cabaret


O texto da Barbara me inspirou para escrever sobre um assunto que faz brotar minha motivação.


Ouvi no workshop da Nagwa Fouad, em 2001, que a bailarina de dança de ventre é a materialização visual da música, e portanto temos a obrigação de ser fiéis a ela, não só em seus dum e taks, mas sim no contexto geral que envolvem desde o processo de seleção de determinada música, sua execução e a reação do seu público.

Então vamos lá.
A caixinha de música da bailarina é o seu repertório pessoal para as diversas atuações. Ela pode ser sua coleção de cds, coletâneas feitas por você, seu mp3, mp4 aou ipod. O importante é saber exatamente o que tem lá e exercitar a percepção de que cada música envolve um contexto, tanto por suas diversidades de stilos, quanto pelo público que vai estar presente na hora do seu show.


Bom, eu quero falar que acredito piamente que a bailarina é motivada pela música que toca seu coração, mas nem sempre é ela quem vai mexer com o público, em virtude do contexto.

De que adianta dançar inta omri em um aniversário de brasileiros, ou em uma festa de quinze anos, onde tem milhares de coisas que tiram a viabilidade de se fazer uma dança instrospectiva??! E daí é hora de ter na sua caixinha outras músicas que façam você interagir com o público, por exemplo.

E por favor, meu gosto musical é bem apurado, mas já fiz muito sucesso com Shakira, Fata Morgana e Chic Chac Choc, enquanto colegas escolheram repertórios difíceis de serem absorvidos pelo público em questão, que eram brasileiros e nada entendiam de música árabe, e naquele momento sua única referência eram esses sons que os levavam para o mundo das "mil e uma noites".

Uma fez houve um evento em que a aniversariante queria música ao vivo, como ela era uma mulher de muito bom gosto, indiquei o Maurício Mozaiek (DAFF), e Jihad Smile (ALAÚDE), as bailarinas foram Eu e a Luana Mello. Os convidados eram todos brasileiros, e o som era puramente árabe, sem teclado, violinos ou até derbak, um tipo de som nada comum aos ouvidos locais. Dançamos duas classiconas com dois instrumentos, e foi LINDO! Tudo por que o contexto era intimista, o ambiente era bem decorado, os convidados entenderam os caminhos de percepção que lhes foi dado e os olhares concentrados em nossa atuação nos deram a certeza de que eles tiveram um ótimo espetáculo.

Por tanto acho que a caixinha de músicas da bailarina tem que fazer conexão com a artista em questão, o público e contexto do show, o resultado disso é que vai dizer se o sucesso foi só da bailarina se realizou com a música amada, só do músico que não tinha repertório suficiente, ou só do público que não parou para prestar atenção, porque a música e a bailarina são partes do conjunto da obra.


Vou escrever mais depois sobre os tipos de shows e as músicas que podem inspirar mais caixinhas de músicas.



quinta-feira, 16 de julho de 2009

o que são Negócios de Dança? um leque de possibilidades


Um negócio de dança é uma prestação de serviço em troca de remuneração, ou seja é o profissional da área trabalhando !!Atenção para a palavra em negrito: trabalhar não é hobbie e muito menos terapia.




Os motivos pelos quais alguém trabalha podem sim ser diversos, mas a conduta com o dinheiro alheio deve ser de respeito, ou seja prestou serviço, recebeu dinheiro! E não estou mencionando ações sociais voluntárias.

O comércio de produtos vinculados a dança é uma outra forma de remuneração, mas que está envolvida no mercado de dança não entra como negócio de dança.

Tive um palestra na Faculdade de Dança, que relacionava os locais de atuação do profissional de dança, ou onde podemos exercer nosso conhecimento sobre corpo em movimento, interessante foi ver o leque de possibilidades que nossa área abrange e o quanto a dança do ventre pode ser explorada.

DANÇA = PRESTAÇÃO DE SERVIÇO:
- aulas regulares em escolas ou estúdios de dança

- aulas particulares

- workshops

- programas de atividades de dança dentro do ambiente empresarial

- ações complementares as terapias holísticas

- palestras

- coordenação de escolas de dança

- administração de escolas de dança

- atividades de dança em projetos sociais

- dança vinculada ao auxílio aos portadores de necessidades especiais

- dança como tratamento auxiliar em recuperação de pacientes (como atividade complementar)

- pesquisa e fomento à difusão da cultura e história da dança árabe

- produção de espetáculos de dança

- coreógrafa

-bailarina profissional (solo ou grupo)

- promoção de eventos

- direção e coordenação de grupos de dança

- atuação como modelo fotográfico (muitas agências de modelos recrutam bailarinas)

Bom, acho que relacionei itens suficientes para ver que nosso leque é muito grande, e quem sabe podemos usar essa lista para ver que criatividade e inovação são itens que merecem atenção e assim ganhar espaço de mercado.
Para descontrair um video muito engraçado, seria mais uma possibilidade interessante se não fosse tão ruim....rs


quarta-feira, 15 de julho de 2009

QUE SALVAR O PLANETA QUE NADA! Por Marcio Zepelline

Aisha = Vida

Todo ano, em meu aniversário, minha mãe conta como foi que eu nasci, sempre fala que eu vim com tanta vontade de viver, que "escorreguei" e nasci sorrindo.....papo de mamãe....
Acho que por isso gosto tanto do nome artístico que me foi dado.

Assim, viver para mim é olhar em volta e ser parte da divindidade da Natureza, e isso inclui exercer o meu papel social perante a VIDA.
Hoje tenho atividades profissionais na área de responsabiliadde social, em paralelo a dança. E descobri que essas duas áreas tem muito mais em comum do que eu podia imaginar.

Dançar para mim sempre esteve relacionado ao "fazer o bem", já que a maior recompensa vem do olhar das pessoas que se envolvem com a dança e através dela transformam a realidade.

Essa post abre o marcado ATITUDE SOCIAL, com textos de quem sabe o que faz! Espero apresentar para vocês muitos pofissionais desta área, pois como a nossa, o Terceiro Setor enfrenta uma grande batalha contra o amadorismo no ambiente social.
.
Dentre os diversos palestrantes fantásticos, conheci o Marcio Zepelline, editor da revista Filantropia (http://www.revistafilantopia.com.br/), e recentemente recebi esse texto, publicado como editorial da revista....uma refexão sobre um problema mundial através de uma perpectiva diferente.


Que salvar o planeta que nada!

O Planeta Terra tem cerca de 4,5 bilhões de anos, e a vida aqui só surgiu cerca de 1 bilhão de anos depois em forma de bactérias e estromatólitos.

A primeira forma de vida que se assemelha ao Ser Humano, o Homo Habilis, nasceu há cerca de 2 milhões de anos, e o Homo Sapiens, ser mais próximo do que somos hoje, há apenas 200 mil anos. Ou seja, menos de 0,01% da idade do planeta.

Desde sua formação, a Terra já passou por inúmeras transformações – desde sua atmosfera, que já foi até de metano e amônia, até sua geografia, formas de vida, temperatura e outras várias mudanças que transformaram este planeta só de gelo, água, fogo ou rocha.

É absolutamente audacioso e pretensioso achar que nós teríamos o poder de destruir o planeta em que vivemos, como se pudéssemos fazer uma intervenção Divina.

As diversas intervenções que provocamos no nosso próprio habitat mudam a temperatura e o rumo das águas e causam a destruição de algumas espécies animais e vegetais. Despurificamos dois elementos essenciais para nossa existência – o ar e a água. E, em mais poucos milhares de anos (com sorte), o resultado disso tudo é a devastação do Ser Humano da face da Terra.

Mas o planeta continuará existindo. A vida, em forma de outras espécies, continuará existindo. Com esses ou aqueles gases misturados ao oxigênio , com a temperatura 10 ou 20 graus a mais ou a menos, com uma geografia igual ou muito parecida com a que temos hoje. E nós, homens, mulheres crianças e idosos, negros, brancos ou amarelos... mortos.

Então, invoco que o que devemos é salvar a Raça Humana, e não o planeta, pois este sobreviverá aos nossos ataques, com ou sem a gente. Mas para que nós possamos sobreviver, para que tenhamos a permissão da mãe-natureza que continuemos morando e usufruindo seu solo, precisamos que ela fique como a encontramos. Com água e ar puros e alimentos naturais em abundância.

Para quem ainda não entendeu o recado: somente salvando o planeta, seus mares, sua fauna e flora, seu clima e toda biodiversidade aqui existente nos manteremos vivos.

Como um câncer maligno, o ser humano está sendo bravamente retalhado e combatido pela Natureza, utilizando de suas armas como se fossem drogas de uma quimioterapia: aumento da temperatura, chuvas em excesso, falta de alimento, terremotos, furacões.

Reverter o quadro? Passar a ser um câncer benigno!

Perceba que continuamos sendo um câncer, mas aquele com o qual dá para se conviver.

Nessa guerra contra nossa existência, a Terra nos dizimará a fim de ter seu desenvolvimento natural, com todas as suas mudanças, durante bilhões e bilhões de anos. Provavelmente sem a nossa presença.

Vamos “pedir desculpas” à Natureza e prometer a ela que a devolveremos o que roubamos?




terça-feira, 14 de julho de 2009

Terminar um para começar outro ....


Um post para as alunas que habitam meu coração.

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver"
Era justamente sobre novos ciclos e pontos finais que eu queria escrever. O trecho acima é parte do comentário da querida Pat, linda advogada e aluna, que faz parte a turminha "pulsação".

Bom, essa semana encerrei meus trabalhos na Aluaha, uma difícil decisão para quem tem tantos amores escritos nas paredes. Mais que isso, tive que entender que fechar esse ciclo implica em não ter a mesma rotina de aulas com alunas-amigas de tantos anos e emoções.
Quero encerrar com uma declaração de amor, para todas as alunas que dividiram comigo o sonho da Aluaha e em especial para as queridas bailarinas que ficaram órfãs, mas que estão se esforçando para compreender o outro lado.

- SONINHA
- BETINHA
- ANDRÉIA
- GAL J.
- DENISE
- JUJU CALIL
- PAT
- TEKINHA
- LU RODRIGUES
- LU
- ZHAN
- FLAVINHA
- FLAVIA
- NAT
- KATINHA
- NAN
- FEFE
- DORINHA


O mais difícil é:

não ver vocês com a frequencia que eu preciso

não rir das imensas "barbaridades" que essa turminha aprontava

não ver a carinha de cansaço, mas com o esforço de chegar a mais uma aula

não dividir os olhares de dúvidas, na certeza de ter as respostas para elas

não estar ali para me sentir a bailarina mais competente do mundo

imaginar que outra pro vai escrever capítulos que no meu coração seriam para sempre meus de direito

não repor minha necessidade de alegria semanal dentro do nosso solo sagrado e paredes amarelinhas

e principalmente, admitir que a decisão partiu de mim.

Durante muitos anos, me adaptei com a sensação de alunas saindo e voltando, nunca foi um processo indolor, mas deixar vocês é de cortar o coração.
queria poder escrever tudo que disse ontem, mas não paro de chorar ......

Obrigada por "tentar" entender que era preciso encerrar essa etapa de uma história linda.
Mas por favor, saibam que isso não significa encerrar o lindo relacionamento que conquistamos, mas sim pegar tudo que vocês representam e transformar em motivação para crescer e proporcionar mais momentos de emoção.

Eu só não estarei mais no mesmo espaço físico de antes, mas estarei sempre no melhor lugar de todos.......nas lembranças e no coração de cada uma de vocês..
Sei que esse post está mais do que dramático, mas é que está fogo segurar a emoção.

AMO VOCÊS !!!


domingo, 12 de julho de 2009

Keep Dancing - SEMPRE

Hoje vou escrever pouco porque vou deixar que a majestosa música e o fantástico ato de dançar falem por mim.
Diante de tantas incertezas e dramas de uma mente inquieta......eu só afirmo que:

DANÇAR É CONTAGIANTE...

sábado, 11 de julho de 2009

GAL JALILAH



Minhas alunas estão sempre me ensinando coisas que não se aprende na escola, mas que se leva para toda a vida.


Estar na sala de aula diante de gente que quer se cuidar através da dança faz minha alma ter certeza de que este papel transcende os patamares humanos.


Nas últimas duas semanas eu me apaixonei pelo comportamento da Gracinha (GAL JALILAH, como gostamos de brincar), uma aluna de uma turma muito especial. Ela foi sorteada para fazer um solo na festa árabe da Aluaha, que acontece hoje.


Ela é um exemplo de vitória, pois há 4 anos atrás achava que não tinha o direito de fazer aulas de dança do ventre por estar fora do peso, com muito jeitinho ela foi se sentindo confortável e acabou se revelando uma senhora bailarina. Depois de dois anos se apresentou no palco com as colegas, e em meio a maternidade, vida de comerciante e todas a atividades enlouquecedoras da típica mulher comtemporânea, ela não falta as aulas e leva sua paixão como fonte de energia necessária para sua vida.


Bom, desde que ficou sabendo do solo, ela não pensou duas vezes em investir tempo e dinheiro em aulas particulares de dança, música, ensaios em casa, na escola e figurino, porque como ela mesmo disse "EU MEREÇO!" (e merece mesmo!!!!!!!)

Sua atitude me fez ter certeza de que sou uma boa educadora de dança (tipo mãe orgulhosa), pois ela incorporou a seriedade pelo compromisso de dança que julgo ser pertinenente a nossa tão querida dança do ventre.

Hoje a Gracinha estreia seu solo, e eu provo de novo do gostinho de ter acompanhado essa história e ter deixado meus ensinamentos para mais uma mulher vitoriosa.

Sucesso querida Gracinha!!!!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

1,2,3.....vamos começar de novo!

DUM TAK ...DUM DUM TAK, said?

NÃO, não não !!! Para tudo e vamos começar do zero!

Antes de aprender os ritmos árabes, que são importantíssimos e dificílimos, nós bailarinas temos que ter noção de pulsação e andamento.

Isso é a base para dançar dentro da música, e temos a obrigação de estar de acordo com ela o tempo todo e não só quando identificamos aquele said forte no meio dela.

Perdemos muito tempo ensinando e aprendendo as técnicas de dança, sem ensinar e saber sobre a base das métricas musicais.

Eu não tenho autoridade e nem conhecimento para usar os termos apropriados dentro deste universo da musica, mas tenho muita experiência para saber que um dos problemas mais graves da nossa classe é a falta de bom senso musical em todos os seus aspectos, justamente porque a introdução de estudos de ritmos em aulas de dança do ventre ainda é escassa.

O andamento da música existe mesmo que não haja percussão ou na ausência de sons , é aquele movimento instintivo que fazemos com o pé ou a mão para acompanhar a batida da música. É sabendo onde ele começa, que podemos evoluir em deslocamentos, giros e explorar o espaço sem sair do tempo, e melhor que isso ter a segurança que nosso pé esquerdo vai manter comunicação constante com o pé direito.

Depois disso é que os ritmos vão fazer sentido e todos os DUMs e TAKs serão absorvidos de maneira saudável e até mesmo com mais motivação, e aí vem um novo e lindo universo de exploração.

É como se antes de dançar tivéssemos que aprender a andar, e de fato é andando que se aprende a respeitar o andamento. Fica aí a dica, ponha uma música e comece a andar, e veja se seus pés estão de acordo. ....

A métrica da Emoção - Maurício Mozaiek




M&M: muito brega, mas esse foi o apelido dado para o querido Mauricio Mozaiek há tempos atrás. Difícil não reconhecer o talento deste músico, o próprio sobrenome já lhe dá uma herança de sucesso. Mas poucos sabem do talento imenso e diferenciado que esse profissional exala em sala de aula e nos palcos.

Isso porque geralmente em uma formação tradicional de bandas árabes, o Daff, instrumento executado pelo Maurício, é parte do conjunto de percussões, e no contexto mais habitual ele não exerce participações de muito destaque individualmente. Mas por favor, não interpretem isso como um papel desnecessário, mas sim como parte do conjunto da obra. E como comerciante, e artista de agenda cheia, falta tempo para se dedicar a muitos projetos didáticos.

O quero dizer é que eu tive a oportunidade de ver a atuação do pandeiro árabe de maneira diferenciada em formações diferentes e com impressionante execução de sons, ritmos e floreios, e assim me apaixonei!

Comecei a fazer aulas de musicalidade em 2005, apesar de ter participado de muitos cursos e aulas de ritmos anteriormente. Queria saber outras coisas além de baladi e said, queria que alguém ouvisse meus anseios com a música, porque ela é a minha primeira inspiração para dançar, e assim começamos a desenvolver estudos direcionados a métrica da emoção. Baseado em estilos, sons, instrumentos, nuances, andamento, pulsação, ritmos, cadências e sensibilidades meu universo de estudo foi abrindo portas e mais portas para motivação da expressão.

A pessoa Mauricio é um ser encantador, com todo respeito a minha amiga e colega Michelli, esposa. De uma gentileza e sensibilidade difícil de encontrar em meio a tantos comportamento desprezíveis do meio artístico árabe, e acabou se mostrando um professor fantástico, cheio de possibilidades didáticas e com competência acima do comum. Recentemente ministrou um curso de percussão árabe no SESC para músicos ocidentais principalmente, e por onde passa deixa o povo impressionado com sua agilidade e habilidade em um instrumento tão cheio de recursos.

E o que dizer de um músico que toda vez que vai participar de um evento, chega muito antes da hora marcada, tem compromisso com ensaios e faz questão de saber o que a bailarina quer para o show, deixando a gente mais do que tranqüila quanto a parte musical?? Sem falar no comportamento execelente me cursos e aulas, com seriedade e atençaõ. Um presente, não é mesmo?!!?

Hoje, também conheço outros profissionais incrivelmente competentes e dedicados, que me despertam grande prazer de dividir projetos de dança, mas vou escrever mais sobre cada um em breve.

Por hora gostaria de abrir o marcador música árabe, com meu amigo e professor Maurício, dizendo que através de uma parceria de anos, descobri que minha segurança em dança foi efetivamente consagrada através do conhecimento da métrica musical árabe. Muito do que vou escrever é fruto minhas aulas de música, que não têm prazo para terminar, e agora já somam 4 anos de estudos semanais, e espero seja assim por muitos outros anos, pois a música abre um universo de possibilidades para minha inspiração.



eu bebi na caneca do Jô.....




Uma noite eu sonhei que estava no programa do Jô e no outro mês eu realmente estava sentada dando entrevista em rede nacional. Se foi a a tal da lei da atração eu não sei, só sei que meu sonho virou uma grande realidade.


Embora como artista eu sempre imaginei estar na midia, nunca achei que chegaria a tanto, mesmo porque houveram sim alguns convites para aparecer em programas de auditório, mas eram sempre convites incrivelmente ridículos, do tipo: precisamos de uma odalisca para realizar o sonho das mil e uma noite do nosso fã em novo quadro, ou então estamos preparando uma surpresa para fulano (famoso) e precisamos de uma dançarina para sair do bolo, ou pior ainda, venha participar do nosso quadro "namoro na tv", algo do tipo, achamos que uma odalisca vai dar IBOPE....ou seja não ia dar para mostrar meu trabalho em nenhum destes então nada de tv.

Admito que já fui no progama do Gilberto Barros, na Band, servir pastelzinho de belém para os convidados do programa pela rede Habibs, ao vivo. É claro que não achei que fosse fazer isso, e sim que fosse dançar, e avisei todo mundo para avisar mais outras milhares de pessoas que eu estaria na tv.......foi uma cena lamentável. Mas também já participei de uma gravação belíssima na GNT, sobre um documentário de dança do ventre no Brasil.

Bom, assim em 2007 surgiu a oportunidade de dar uma entrevista no Programa do Jô. Todo mundo me pergunta como isso aconteceu e foi assim, uma indicação da Paula, uma série de entrevistas seletivas e depois de uns dois meses tudo deu tudo certo........Ops, na verdade quase tudo deu certo, pois o assunto abordado não foi puramente dança do ventre.

Isso porque há anos eu desenvolvi um curso chamado Sedução, que nada tinha haver com dança do ventre e por isso nunca foi divulgado para pessoas de fora do meu universo próximo trabalho . Ele é uma mistura de marketing, com cursos de teatro, cursos de R.H. e vivências de dança, tudo preparado com muito carinho para que as praticantes pudessem rir e soltar o corpo durante longas horas e assim buscar uma linguagem mais charmosa e menos técnica em suas movimentações. Ou seja, o meu foco era despertar o prazer de ser mulher e encontrar a expressão do feminino como fonte natural.

Eu tenho um imenso orgulho deste trabalho, todas as vezes que o curso aconteceu ele reuniu uma média de 40, 50 mulheres a beira de "um ataque de nervos", pois elas se sentiam muito confortáveis e faziam daquela tarde uma celebração à alegria de ser mulher.
Só quem fez o curso pode falar o quanto ele faz bem!!!!!!

Voltando ao Jô, nesta entrevista ele acabou gostando mais de perguntar sobre esse curso, e assim não fui em rede nacional falar de dança do ventre, mas sim da dança como benefício indispensável para as mulheres e do charme e sudução como expressão natural do feminino.

Eu já vi muitas performances de dança do ventre na TV, com bailarinas amadoras se colocando como profissionais, e me lembro direitinho da Samira e da Shalimar dando entrevista no Jô há alguns anos atrás (foi ótimo!!), explicando sobre a cultura benefícios, mas eu quis levar a realidade de que é uma dança acessível a todas, e por isso as bailarinas em questão, eram alunas, pessoas diferentes com tempos de dança variados.

Aliás vou aproveitar para deixar um beijo epecial para as meninas que me encheram de orguho, Katinha, Milena, Paula, Flavia e Lilian, sem esquecer das queridas Gracinha e Beth, presentes na platéia e a Soninha tudo de bom, que não podia ficar de fora.

Infelizmente algumas pessoas insistem em criticar essa entrevista dizendo que misturei as coisas e bla bla bla, pois é muito mais fácil ficar palpitando negativamente em vídeos no youtube ou em blogs, não é mesmo?!?!?

Pois é, eu não me alimento do acontecido e muito menos acho que esse foi o ponto alto da minha história com a dança, mas tenho um grande orgulho de ter conseguido um espaço para falar do trabalho que exerço cotidianamente diante de uma figura tão inteligente e cativante que é o Jô Soares.


Sou uma artista e portanto amei estar naquele sofá, na rede globo, com umas 4 cameras espetaculares na minha frente, microfone especial, camarim, cabeleireiros e maquiadores, frutas e tudo que eu podia imaginar, porque de fato a vida nos proporciona muitas realizações e emoções .............


Com vocês, a primeira parte da entrevista:


sábado, 4 de julho de 2009

Acredite, seu concorrente é seu amigo!!!!


O dia que ouvi isso de um grande administrador de empresas pensei: esse homem é doido, e definitivamente ele não conhece o meu concorrente !!!

A questão é que ele tem total razão! É claro que vocês não vão tomar cafézinho na esquina, mas o que ele quis dizer é que o fracasso do seu concorrente não implica no seu sucesso.

Ao contrário, pois se a situação dele não está boa, pode ser que não seja apenas incompetência, pois na verdade você e ele mexem com um mesmo nicho e precisam despertar no seu público o desejo pelo serviço oferecido, e se as pessoas não desejam aprender a dançar, por exemplo, não adianta ter nem meia escola de dança.

Quando abri a Aluaha, queria ser diferente de tudo que já havia visto no mercado de dança, e procurei regiões com pouca concorrência, mas fui aconselhada a realizar meu sonho em Santana mesmo, em virtude de já existir um mercado para tal.

Embora diferente, eu tenho que agradecer a Luxor, por ter aberto as portas na zona norte através das inúmeras franquias da região. O assunto virou moda, e isso contribuiu muito para a aceitação do meu novo negócio.

Não compete aqui relatar nossos diferentes métodos de trabalho, pois cada qual com sua linha, mas a questão é que o público é basicamente o mesmo, pessoas interessadas em dança do ventre, e neste quesito não dá para desejar que seu concorrente feche as portas ou que ele se lasque, pois aquelas alunas não necessariamente vão bater na sua porta.

Aliás chega a ser muita falta de competência achar que o mercado em São Paulo, ou em grandes centros, é limitado. Existem milhares de mulheres que precisam se cuidar e adorariam fazer aulas de dança, fazer bem feito é que é o grande x da questão!

O negócio é olhar no seu concorrente a inspiração para trabalhar melhor , ou seja, a concorrência serve para dar ao consumidor mais opções e com isso os serviços tem que melhorar a cada dia.

Hoje se a TIM te estressar, você pode sair correndo para VIVO ou CLARO, mas não fica sem celular porque quebrou o contrato com determinada empresa.

Ter opção de consumo faz com que a empresa tenha que prestar mais atenção no que oferece e mais que isso, cria uma necessidade continua de reciclar funcionários, estratégias, produtos, tecnologias e serviços, o que de fato não é ruim, nem para o cliente nem para o empresário.

Mas é claro que alguém vai falar, mas até mesmo para uma "escolinha" (detesto esse termo) de dança, e eu respondo: ainda mais para uma escola de dança!!!!

Nosso mercado é grande, mas é limitado, pense bem: da sua lista de contatos do celular, quantas pessoas tem disposição para encarar uma aula de dança do ventre, com frequência, com disposição para o transito da grande cidade, para entrar no clima, para dançar num espetáculo entre outros itens...
Ahhhh, fora que lazer e entretenimento é praticamente o primeiro item da lista de gastos a ser cortado caso seja necessário fazer economia ou quando se está com algum problema pessoal.

Diante disso tudo, nossas alunas ou pessoas que acompanham nosso trabalho são como ouro, e não digo isso pelos valores atribuídos a mensalidades e ingressos, mas sim por serem pessoas extremamente selecionadas dentro de uma realidade de muuuuitas mulheres.

É como achar uma pedra preciosa para aquele determinado anel, tem que encaixar perfeitamente.

Se seu concorrente anda deixando as pessoas insatisfeitas, elas podem desanimar com toda a história.....e aí não é bom nem para um e nem para o outro.

Mas concorrência desleal já é um outro assunto, gente suja que não respeita o trabalho do profissional da mesma classe só tende a deixar nosso mercado desgastado e mal visto.

Mais uma vez, o seu sucesso não vem do fracasso ou desmerecimento do próximo, mas sim do bom senso para a competência e com a paixão alheia, e neste caso a nossa querida dança do ventre.

O negócio é trabalhar melhor para despertar no nosso público o desejo positivo para com a dança, e assim garantir espaço para o sucesso de todos, e principalmente para a satisfação de quem quer apreciar a nossa arte em seus vários aspectos.

Bailarina de oceanos azuis - Luana Mello

Hoje minha homenagem é para uma bailarina que com certeza tem um dos papéis mais importantes na minha motivação para com a dança. Apesar de nunca ter sido minha professora, porque na verdade eramos colegas de trabalho, ela me ensinou mais sobre a alma de dançarina do que qualquer curso, video ou livro que eu possa ter lido.
Eu procurei uma forma de tirar a emoção para escrever esse post, mas não foi possível! Porque neste caso, ela é uma grande amiga e não dá para escrever muito sobre a profissional, sem pensar nas horas infinitas que ela esteve ao meu lado, e também nas horas intensas em que sua ausência fez muita falta.

Com carinho, para Lu Mello



CIRANDA DA BAILARINA
(Edu Lobo /Chico Buarque)
Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem

E não tem coceira
Berruga nem frieira
Nem falta de maneira
Ela não tem
Futucando bem
Todo mundo tem piolho
Ou tem cheiro de creolina
Todo mundo tem um irmão meio zarolho
Só a bailarina que não tem

Nem unha encardida
Nem dente com comida
Nem casca de ferida
Ela não tem

Não livra ninguém
Todo mundo tem remela
Quando acorda às seis da matina
Teve escarlatina
Ou tem febre amarela
Só a bailarina que não tem

Medo de subir, gente
Medo de cair, gente
Medo de vertigem
Quem não tem
Confessando bem
Todo mundo faz pecado
Logo assim que a missa termina
Todo mundo tem um primeiro namorado
Só a bailarina que não tem

Sujo atrás da orelha
Bigode de groselha
Calcinha um pouco velha
Ela não tem

O padre também
Pode até ficar vermelho
Se o vento levanta a batina
Reparando bem, todo mundo tem pentelho
Só a bailarina que não tem

Sala sem mobília
Goteira na vasilha
Problema na família
Quem não tem

Procurando bem
Todo mundo tem...

Para mim nenhuma poesia era tão precisa e emocionante quanto essa. Em meus anseios com a dança, sonhava com um mundo em que minha platéia me visse exatamente assim, sem nenhum traço de humanidade, e me torturava por ter que exercer quase em tempo integral uma outra personalidade além da Cris (meu nome de batismo), a Aisha , e essa deveria estar sempre maquiada, com cabelo arrumado, cheirosa e com pompa de artista (até mesmo para ir a padaria).

Esse comportamento chegava até a sala de aula, minhas alunas são conhecidas por se emperequetar para fazer aula de dança (o que não mudou muito até hoje) e quando conheci a Luana ela saia completamente do padrão que eu imaginava da bailarina.
De voz nasalada e sempre apertando os olhinhos para enxergar melhor, ela foi aos poucos me ensinando que dança era ralação pura e para isso tinha que fazer e dar aulas de roupas surradas e confortáveis para dar liberdade para os movimentos. Nem por isso ela deixou de ser linda e competente e enquanto a minha imaginem de bailarina ia ficando mais terrena a dela ia ganhando um pouco mais de flu flu.

Com incansáveis conversas sobre dança em cafés pelas madrugadas a fora, ela me ajudou a traçar a identidade da bailarina que eu realmente sou e nossas profundas reflexões nos levam para um mundo onde tudo é viável quando o assunto é competência.

De fato, a mente da Luana é quem me mostra caminhos para executar novas propostas, mas o corpo da Lu me mostra que não há limites para fazer bonito.

Querida bailarina, você não é uma pessoa isenta de berebas ou remelas e eu sei que você teve um primeiro namorado...rs.., mas na poesia da vida você é uma bailarina real maravilhosa, que sabe que na hora de ser artista é possível sim assumir um papel extra terreno, mas que para chegar lá é preciso tomar muita vacina de realidade.
com muito carinho e admiração........

peixe rosa e peixe laranja

quarta-feira, 1 de julho de 2009

que negócio é esse?!?!



NEGÓCIOS DE DANÇA

Neste marcador vou postar textos sobre o comportamento financeiro administrativo que englobam negócios de dança. Ou seja, se tem dinheiro envolvendo uma ação vinculada a dança, seja de qual parte for, vou categorizar como negócio de dança.

Isso porque acho que já passou da hora de termos um comportamento mais adequado a uma situação econômica mundial e tentar através da informação alcançar melhores resultados para dar continuidade ao que sonhamos.

Pois nem só de sonhos vivem as bailarinas, não dá para comer sonhos, tomar banho de sonhos e muito menos pagar suas roupas e aulas de dança com sonhos, não é mesmo!?!? O que dá para fazer é pegar os seus sonhos e dar a eles soluções para que os mesmos virem realidade e sendo muito franca, vivemos em um mundo capitalista, o seu sonho = dinheiro!!!!!

Vamos ter aqui textos, exemplos, críticas e comentários sobre autoridades convidadas para escrever sobre o assunto, tudo para que nosso mercado ganhe com isso, e não apenas alguns poucos que se julgam mais espertos e acabam tirando uma grande vantagem do desejo alheio.

Vou entrar num universo "perigoso" pois vamos falar de peixes grandes, pessoas de tempos no mercado, mas longe de mim querer fazer CPI..rs.....
O que quero promover é a idéia de trazer a realidade para nossa conduta de artista e fomentar que talento para dança é diferente de talento para negócios, mas que ambos podem e devem andar de mãos dadas.

Aceito sugestões de temas e faço um convite para quem tem um negócio de dança para participar e comentar sobre suas experiências e dificuldades, pois juntos temos mais força para transformar ...............