quinta-feira, 27 de maio de 2010

Gestão Estratégica e Econômica de Negócios

Sábia escolha a minha.

Este ano dei ínicio ao MBA de Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela FGV.
Depois de 5 anos longe da Faculdade me aventurei no universo corporativo afim de aprender aquilo que sentia falta em minhas decisões como empresária de dança.

A cada aula recebo uma enxurrada de conceitos da administração, marketing, economia e liderança corporativa, que hora coincidem com minha realidade, e outra hora deixa o sentimento de tristeza por não saber de nada disso antes.

Em meio a mulheres e homens com cargos e ideais de alta importância executiva, me sinto um peixe fora d'água enquanto estou com os olhos fixos no professor a espera de informações que me deixem mais próxima da linguagem usada pelos colegas.

Porém o sentimento que prevalece é que esses dez anos dedicados inteiramente a profissão de bailarina me deixaram exatamente onde eu queria estar: dentro do meu aquário.

Sábia decisão a minha tomada aos 20 anos, idade em que comecei a trabalhar com dança. Talvez mais tarde seria difícil optar pelos caminhos traçados pela minha emoção.

Se durante o processo de venda da Aluaha (que doeu horrores) eu duvidei do sucesso da minha trajetória, hoje, embasada em conceitos e reflexões, afirmo que sou uma mulher de muito sucesso, ops vou melhorar: muuuuuuito sucessso!!!

As metas que tracei a 10 anos atrás foram cumpridas e algumas delas superaram minhas expectativas. Os meus tropeços geraram o amadurecimento necessário e minha bailarina ganhou os palcos merecidos e almejados. Não posso esquecer de mencionar que um dos meus objetivos era fazer bons relacionamentos com as pessoas que cercavam minha profissão, e até hoje muitas delas são ouro pra mim.

Sorte a minha.....


segunda-feira, 24 de maio de 2010

Miss Imperfeita, muito prazer.


Há mais ou menos 10 meses atrás fui participar de um Congresso em São Paulo e conheci a Taty, uma dessas pessoas que são escolhidas a dedo pelo Papai do Céu para proporcionar a nós, reles mortais, mais entendimento sobre a vida.

Tenho certeza que nossa amizade só seguiu em frente por que ao invés de falarmos poucas e boas "lorotas" sobre nossas competências e perfeições, tivemos um desejo esquisitísssimo de nos apresentarmos pelas imperfeições.

Comprei um livro para Taty, que mora em Brasília, chamado DOIDAS E SANTAS, da Martha Medeiros, que é fantástico, mas não cheguei a colocar no correio e acabei lendo o livro inteiro.

Hoje recebi um e-mail com um dos textos do livro, e como já tenho algumas amigas queridas no universo virtual, decidi compartilhar o texto abaixo dando um VIVA as minhas imperfeições.

(o texto ficou espaçado e só as forças do além para explicar por que.....sorry).

Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.
A imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe, filha e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado, decido o cardápio das refeições, cuido dos filhos, marido (se tiver), telefono sempre para minha mãe, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos e ainda faço as unhas edepilação!
E, entre uma coisa e outra, leio livros.
Portanto, sou ocupada, mas não uma workholic.
Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.
Primeiro: a dizer NÃO.
Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.
Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.
Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.
Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.
Você não é Nossa Senhora.
Você é, humildemente, uma mulher.
E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vidainteressante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.
Tempo para fazer nada.
Tempo para fazer tudo.
Tempo para dançar sozinha na sala.
Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.
Tempo para sumir dois dias com seu amor.
Três dias.
Cinco dias!
Tempo para uma massagem.
Tempo para ver a novela.
Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.
Tempo para fazer um trabalho voluntário.
Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.
Tempo para conhecer outras pessoas..
Voltar a estudar.
Para engravidar
Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.
Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.
Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.
Existir, a que será que se destina?
Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.
A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.
Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.
Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si.
Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!
Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.
Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.
Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso,francamente, está precisando rever seus valores.
E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante'.
Martha Medeiros - Jornalista e escritora
beijos as todas as minhas amigas imperfeitas ......Aisha J.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Quando é 100% habilidade....

Uma das coisas que desgastou um pouco da minha relação com a dança, nos últimos meses em que estava na administração e coordenação das atividades do Studio Aluaha, foi o fato de ter que buscar (ou praticamente laçar) o meu público.

Explicando melhor, é claro que sei que é uma competência do artista atrair pessoas para suas performances e aulas, mas tem um limite para tal, e ele não deve consumir o tempo e energia que destinamos às práticas e elaborações coreográficas, aulas e etc.
Bem, já havia esquecido de como é bom dedicar 100% da minha habilidade e paixão a um projeto, pois estava sempre correndo, costurando habilidades para compor um evento ou curso, desejando que algum empresário, relações públicas, assessor de imprensa ou um santo milagreiro descesse do céu para me dar o suporte necessário em outras áreas.

Há um mês comecei a dar aulas na academia Lucena, que em Atibaia é referência quando o assunto é exercício e saúde do corpo. Com um time de professores com currículos e atributos profissionais espetaculares, a academia superou minhas expectativas e já me trouxe mais de 60 alunas entusiasmadas para as aulas.

Além disso a coordenação vai investir em material necessário para aulas de dança do ventre, tal como lenços de quadril e véus. E em um mês já pensamos em fazer nosso primeiro evento para reunir música e dança árabe, já recebo o retorno com a freqüência das alunas em aula e também através da qualidade que elas manifestam nos movimentos e seqüências aprendidas.

Com tudo isso a cada horário de aula, entro com minha bagagem 100% composta com minha habilidade de ensinar e dançar e não tenho preocupações extras que desmotivam ou atrapalham o exercício que inspira a bailarina que mora em mim.

Como tudo na vida, tudo tem dois pesos e duas medidas, e é claro que sinto falta do agito de ser empresária e da satisfação implícita neste título, mas por hora estou curtindo novamente a essência de ser professora e bailarina de dança do ventre.


obs: estive ausente nos últimos 30 dias porque estava de férias e estava passeando longe da querida terra tupiniquim.